sábado, janeiro 21, 2017

BOTECO DAS TERTÚLIAS # 15


Confunde-se muito o opinar sobre a vida de alguém com ajudar um amigo. 
Ora, dar conselhos e opiniões sobre uma vida que não é a nossa é a coisa mais fácil deste mundo. Qualquer porteira o faz. 

Ajudar um amigo é algo muito diferente.

Ajudar um amigo é, em primeira instância, saber ouvir.
Saber ouvir e muitas vezes saber calar. Não um silêncio cínico, mas um silêncio sincero, que respeita as escolhas do outro. Não confundir sinceridade com frontalidade, que essa quando em demasia por vezes magoa. A frontalidade tem muito que se lhe diga! Não é qualquer um que tem jogo de cintura para a usar.

Ajudar um amigo é, mesmo não concordando com o caminho escolhido, estar lá para dizer "espero que sejas feliz ", e não para dizer "um dia destes ainda me vais dar razão";

Ajudar um amigo, muitas vezes, é desejar não termos razão, é desejar que ele seja bem sucedido e se preciso contribuir para tal;

Ajudar um amigo é estar lá por ele e não por ti;

É gostar dele como é, e não como gostarias que ele fosse;

É querer o seu bem mesmo que não tenha nada para te dar; 

É aquela cumplicidade que vos une mesmo que vivam a léguas de distância. Mesmo que vivam em mundos opostos. Mesmo que venham de berços diferentes.

Aliás, a AMIZADE é um sentimento tão mágico e puro que deveria ter um símbolo, algo que a represente por si só, assim como o símbolo do infinito, da paz, do amor. Podemos representar a amizade com um par de mãos dadas, mas não é a mesma coisa.  

Deveria ter também um hino majestoso, tal qual o Hino à Alegria de Beethoven. Beethoven deveria ter-se dedicado a compôr um hino à amizade. Ela merece!

A amizade deveria ter um templo, onde as pessoas pudessem agradecer e homenagear as amizades que nutrem e a forma como elas preenchem as suas vidas. 

A amizade podia muito bem ser uma religião, que as pessoas pudessem estimar, respeitar, venerar, apregoarE este podia muito bem ser o símbolo da amizade:





Simples, como se pretende que seja. Um centro, 4 pontos. Um ponto fulcral que une dois seres independentemente do caminho que cada um escolha. Haverá sempre um elo de ligação, mesmo que estejam a quilómetros de distância ou virados para qualquer caminho. Em forma de hélice, para poder girar e a girar, como a vida faz connosco. 

Assim são as amizades! Não as que só mantemos para nos aumentar o ego. 
As verdadeiras! 

#ajudarumamigo #amizade #limonadadavida

Este texto faz parte da colaboração da Limonada da Vida com o projecto Boteco das Tertúlias.
Um debate de ideias mensal na companhia 
das estimadas Lifes Textures e Contador d'estorias)

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